terça-feira, 8 de dezembro de 2009

QUINTA NO AURORA

Saco de Ratos




com Paulão



+ Fábrica de Animais



e os amigos que aparecerem.

R$10,00 de entrada

100% da entrada e 20% de toda a consumação vão para dar uma força para o Mário e família.

O Café Aurora fica na Rua 13 de Maio, 112

Sejamos práticos

Não vou dar minha opinião sobre o provável destino da humanidade.
Para quem puder ajudar o Mário Bortolotto, os dados para contribuições seguem abaixo:

Cristiane do Carmo Viana


Banco: Unibanco

Agência: 0935

Conta poupança: 127721-6



A direção de Santa Casa também está necessitando de doadores de sangue que devem se dirigir à própria entidade situada à rua Cesário Motta Jr, 112 - Vila Buarque. Tel: 2176-7000.

Como a Fabiana disse, 8 anônimos salvaram a vida do Mário, então, quem estiver em condições de doar sangue poderá, quem sabe, fazer o mesmo por algum cara legal - ou por algum filho da puta, mas melhor pensar "positivo".

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009


A gente anda pela rua, vê umas pessoas e pensa: umas dez gramas de latex teriam evitado isso.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009



Há quem pense que eu não gosto de gente. A verdade é que eu só não gosto de quem:
ouve música em local público em fone;
maltrata animais;
curte funk carioca;
joga bituca pela janela;
não respeita o espaço alheio;
acha que temos que aturar seus filhos - só porque, para eles, são todos fofinhos, lindinhos, viadinhos;
lê "o segredo" e acha que encontrou a chave da felicidade;
busca a felicidade etc...
De gente eu gosto.

(Enquanto escrevia isso, uma menininha que está acompanhando a mãe na lan house - e estava começando a me incomodar - caiu, começou a chorar e agora está quieta. Começo a acreditar no poder do pensamento. Negativo.)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009



Logo que peguei uma reflex digital pela primeira vez, comecei a fazer uma "série" que chamei de "homescapes" (inclusive, já postei um ou outro aqui). Na verdade, eram só fotos despretensiosas feitas em casa, usando detalhes de móveis, brincando com os objetos, a perspectiva etc - coisa que não dava (pelo menos para mim) para fazer com filme, por conta do custo, do trabalho de mandar revelar, as coisas de sempre. Ainda hoje, faço várias fotos dentro de casa. A camera está carregada e com cartão quase o tempo todo e é raro eu passar uma semana sem fazer nenhuma. Gosto dessas fotos nas quais não fico me preocupando muito com tremidas, foco, cor da luz etc.
Mentira, me preocupo com tudo isso, mas isso não torna o ato menos "leve".

quinta-feira, 5 de novembro de 2009



Aos amigos que sabem aparecer na hora certa, mesmo sem saber.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Tem uns viadinhos aí que sabem fazer um som, quando querem.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009


Estava sozinho no bar do China tomando uma quando me dei conta de um cara, também sozinho com seu copo, batendo os dedos no ar para acompanhar a bateria de alguma música que estava tocando na hora. Por algum motivo, tive a impressão de ser coisa boa, tirei os fones e era “Fly by night”, uma das minhas preferidas do Rush. Mal comecei a cantarolar baixinho o refrão e um outro sujeito passa por mim fazendo o mesmo. Quando me dei conta, eram várias pessoas ali, cada uma meio na sua, curtindo o som. E havia uma certa sensação de cumplicidade ali. Uma cumplicidade meio “Clube da Luta”, vamos dizer. Foi um momento bonito.

domingo, 18 de outubro de 2009

"Deixa ela entrar"

Voltando da sessão de cinema, cheguei à conclusão de que é um filme de vampiro para quem não gosta de filme de vampiro – em especial, os da Anne Rice, crepúsculo e pataquada do gênero. Não vou contar a história, mas não tem nada de vampiros cool (ser cool é um cool, afinal), estética gótica ou coisa do gênero, nada daquele romantismo vampiresco que, confesso, achava interessante aos dezesseis anos, mas hoje me deixa doente.
É um filme de verdade, enfim. Quase não tem trilha sonora, os planos são longos, a fotografia é muito bem cuidada e os diálogos se limitam ao mínimo necessário – talvez menos, o que é bom. Uma história que mais insinua do que diz.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Bloco de notas


Fotografia é uma coisa que é legal fazer, no máximo, em dois. Sair para fotografar com mais uma pessoa pode ser divertido e os resultados podem ser até interessantes. Mais que dois, não (pelo menos não fotografando ao mesmo tempo). Junta aquele monte de gente com câmera e vira a tal da “saída fotográfica”. Todo mundo já deve ter visto isso: um bando de gente com mochilas e câmeras fotografando tudo – literalmente. Parece uma missão da NASA em marte, ou a polícia científica, aquela turba fotografando qualquer bosta de todos os ângulos possíveis.
Me sinto pouco à vontade com muitas pessoas usando máquina fotográfica do meu lado ao mesmo tempo - a não ser que seja uma pauta, claro, mas isso é trabalho e todos sabem a razão de estar ali. Mas as tais “saídas” me incomodam. As pessoas sentem a “necessidade” de achar algo novo e acabam com aquela aura de turista japonês no meio da selva amazônica.

(Difícil conseguir construções que podem ser fotografadas com essa perspectiva sem um jetpack. A cidade podia ter mais viadutos.)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


Depois da chuva que lavou a tarde, as nuvens foram indo embora sem pressa e, quando saíram, deixaram uma cidade nova. A cidade não era uma ilha imersa numa névoa de luz tênue, dava para ver os detalhes, distinguir as cores. A noite estava límpida. Palavra rara, por aqui.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Terça chuvosa


Gostoso ver as pedras batendo na janela e se acumulando no parapeito (esqueci de fotografar isso, também).

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Hugh Laurie & Stephen Fry



Se tiver um bom tempo para ver os outros videos dos dois, vale a pena.

domingo, 4 de outubro de 2009

"o segredo" de cu é rola



Incrível como nada dá certo.

domingo, 27 de setembro de 2009

Mais uma para a galeria de fotos que não fiz.
Estava na plataforma esperando o trem, um calor filho da puta, a máquina montada e numa posição relativamente fácil de pegar, quando vejo o trem entrando no terminal e duas pombas, que estavam comendo nos trilhos, voando na frente dele como se estivessem apostando corrida. Lembrando, parece que foi tudo muito lento, mas sei que não foi. Na verdade, foi tão rápido que ninguém (o Bresson, talvez) teria conseguido sacar a máquina de uma bolsa e fazer. Enquanto olhava a cena, "pensei" no enquadramento, "pensei" que seria legal fazer um panning... Segundos depois, pensei até no título que daria p/ foto: "mais rápido que uma locomotiva" - gosto de títulos simples.



Mas fiz essa, na volta. Segundos depois da foto, o cara não conseguiu mais manter a mão em uma posição interessante.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009



Não que eu assistisse friends (achava os personagens retardados), mas é verdade. E estreou a nova temporada de house.
A anterior terminou com uma trilha sonora tão boa que nunca iria imaginar que a nova fosse começar com uma tão ruim - nesse ponto, supernatural continua ganhando de lavada.

terça-feira, 15 de setembro de 2009




Aos camaradas do "Clube dos Amigos de Mulher", começou uma exposição do Bresson, no sesc Pinheiros.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

To-mô... no CU?!


Não estou em São Paulo, então sem fotos minhas, mas...
Outro dia pensei em escrever sobre como barretos vira a babacolândia no meio do ano, rodeios e coisas assim, só que acabei esquecendo. No entanto, me deparei com uma bela imagem que expressa exatamente o que eu acho que esse bando de gente cretina merece. (Eu sei que é uma tourada, mas, essencialmente, qual é a diferença?)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009



Sem muito saco para escrever. Insônia e esse calor rançoso. Torcendo para que o Watanabe tenha conseguido voltar relativamente inteiro e sem atropelar ninguém.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cena do crime



Furando todo mundo (não que isso seja notícia, por enquanto)

Juro que só tinha parado lá para fotografar a fachada da casa demolida. Havia passado por ali horas antes e resolvi voltar para fazer a foto.
Quando estava chegando, estranhei a presença de policiais, então já saquei a camera e fui me aproximando numa boa, mas com ares de quem tem todo direito de estar ali. O policial estranhou eu ter chegado praticamente junto com eles e quis saber quem me contou - quem me contou o que? eu que não sabia de nada, só tinha ido ali satisfazer minha obsessão por fotografar ruínas! Como ele foi educado, expliquei a coincidência, mas disse que era fotojornalista, então o cara me contou o que sabia.
As casas daquele pedaço estão sendo demolidas, mas existem algumas paredes e cômodos ainda de pé, propiciando um espaço aconchegante para atividades diversas. O pedreiro que estava trabalhando ali viu duas mulheres saindo de dentro de uma das casas e dizendo que viram o corpo de um homem ali. Aparentemente, elas não estavam muito interessadas em conversar com a polícia e deram no pé, enquanto o infeliz foi lá conferir e chamar a polícia.
Até a hora que eu saí de lá, aperícia não tinha chegado, então não me liberaram para fazer fotos mais interessantes. Uma hora depois de escrever a primeira versão do post, voltei e tinham sobrado dois policiais. Eles disseram que a perícia ia demorar muito e, pela cara de "que bosta, vamos passar a noite toda aqui", pareceu verdade.
O título foi colocado na falta de um melhor, já que a polícia sequer arrisca dizer que foi um crime. Depois de tanto tomar na cabeça por falar demais, os caras estão espertos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Nunca tinha reparado que o engov é fontoura, assim como o biotônico. Está aí uma marca que sabe fazer produtos p/ todas as idades. Ela vicia as crianças em bebida (antigamente ia álcool no biotônico, bons tempos) e depois cura suas ressacas.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Allan Sieber

Sério, no próximo concurso de foto que participar, vou mandar as que acho mais bunda, que é o que esses caras querem.

domingo, 16 de agosto de 2009



E estão fechando tudo. Agora inventaram que qualquer boteco tem que ter estacionamento e segurança TERCEIRIZADOS, que se for boteco, mesmo, não pode ter música nem telão e que fumar na rua também não pode porque "faz barulho". O fim de semana parecia o rapa na 25 de março, com os fiscais descendo as ruas e fechando tudo. Engraçado que o kassab, sujeito alegre que parece ser, tenha tanta bronca de ver as pessoas se divertindo.
Passei na porta de uma lan house pela madrugada e vi o futuro: as pessoas na penumbra, cada uma dentro de uma baia com um fone, sem barulho, sem rock (ou qualquer outro tipo de música), sem bebida e, pior, pensando que estão na maior "interação" - um dos caras babava dormindo na cadeira. Telemarketing fest! ISO 9001 Party! hahaha
Lembrei de uma história do Hellblazer (que virou "Constantine" depois daquele filme ridículo) chamada "O senhor da dança". Logo, vamos ter que começar a produzir whisky em casa e ouvir música só no mp3 para não incomodar os crentes, que querem que todos durmam depois da novela.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009



"A footstep behind you, he lunges prepared for attack.
Scream for mercy, he laughs as he's watching you bleed,
Killer behind you, his blood lust defies all his needs."

Iron Maiden - Killers

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

solidão?



Morumbi, ontem. Primeira vez que entro num estádio para ver um jogo de futebol e confesso que a coisa não me causou emoção alguma. Obviamente, estava a trabalho e achei divertido fotografar as expressões das pessoas.
Também foi engraçado quando um moleque de uns 14 anos desceu, saltitando (!), a escada que fica ao lado das cadeiras. Foi inevitável pensar, na minha inocente ignorância futebolística, "bambi!". Não tenho nada contra nenhuma torcida em particular, mas esse aí dá má fama para os caras.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009




O tecnoescocês

Em todo lugar tem um desses - fila de banco, metrô, ônibus lotado, ônibus vazio, cinema, bar, teatro, restaurante. Sempre tem algum bosta com algum aparelho que produz som. Antes, era só um ou outro toque irritante de celular na hora errada e todo mundo olhava feio. Hoje não. Não contentes em oferecer inúmeras possibilidades de toques idiotas, os ditos aparelhos, nas mãos dos tecnopaspalhos, viraram uma lata de lixo ambulante.
Para piorar, algum gênio achou que seria divertido colocar um auto falante, o que me dá a certeza da existência do inferno, porque esse cara precisa ir para algum lugar quando morrer. "Mas tem fone", alguém pode dizer, só que um verdadeiro tecnoescocês não usa a bosta do fone. Ele vai andar por aí com o celular ou mp3 (4, 5...) distribuindo calipso e outras bostas (bosta, sim, foda-se!) para todo mundo.
E, entre uma música e outra - ou até durante - ele vai "tirar foto" com a porcaria. Já vi um sujeito fazer uma dúzia de fotos seguidas. Dele, mesmo. Não me espantaria encontrar no computador de uma criatura dessa pastas como "minha obturação", "niver na minha unha encravada", "meu cu ao acordar".
Lembrei de uma tirinha do Allan Sieber mais ou menos assim: o sujeito mostrando um aparelho para mulher "...tem bluetooth, mp3, internet, tv, gps, blablabla" e ela "puxa, imagina tudo isso enfiado no seu cu!"

A propósito, a foto acima foi feita num momento de paz (ufa!).

sexta-feira, 24 de julho de 2009



Às vezes chega alguém e pergunta no que estou pensando, ou o que penso sobre tal coisa. Só que, às vezes, o que a gente “está pensando” tem a forma de um daqueles lanches imensos, cheios de ingredientes vindos dos mais variados reinos da natureza e sendo forçados a coexistir entre duas fatias de pão. Para piorar, você não tem certeza de como aquele treco foi preparado e nem sabe dizer se o gosto é bom ou ruim.
Então acabo ficando quieto.


quinta-feira, 16 de julho de 2009


O Mário Bortolotto (link ao lado) escreveu um post muito legal sobre amizade (e noite etc) no blog dele e resolvi colar um trecho (espero que não se importe):

"Às vezes os amigos se desentendem, ficam anos sem conversar um com o outro, ficam magoados. Mas há que se entender a sensibilidade desse bando de filhos da puta que erguem copos no meio da madrugada e se abraçam, e contam seus dissabores e até socam a fuça uns dos outros. E principalmente quando se trata especificamente de "Amigos de Copo". Sim, porque existe uma irmandade maluca nessas pessoas que varam madrugadas falando sem parar. Não é o tipo de irmandade que você vai encontrar no seu local de trabalho, por exemplo. Quem é da noite, sabe o que tô falando."

Tem coisa que não se encontra (ou reencontra) em todo lugar, mas a gente sempre dá um jeito.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dia do rock?


Pô, mas eu sempre pensei que fosse TODO dia.

sábado, 11 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009



- Bom Dia!!
- Bom dia...
- Como esta sendo?
- A primeira hora que estou desperto, uma bosta completa... e ainda faltam mais umas 18... e o seu?

Continua com esses rompantes de sinceridade e você vai acabar numa sala fedida na prefeitura de s. bernardo de novo...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Imitando Brassai


Brassai é um daqueles poucos caras que se pode chamar de "mestre". Aprendo muito vendo suas fotos - aprendi, inclusive, que fotos noturnas podem ficar boas em pb, coisa que, antes, nem me passava pela cabeça.
Além de fotógrafo, Brassai era um artista plástico muito talentoso. O problema é que ele não gostava de ficar preso no atelier, era apaixonado pela noite e pela agitação da cidade, então fotografava. Calculava os tempos de exposição (isso era nos anos 30, 40) pela queima do cigarro, fotografava cafés, prostíbulos, teatros, a cidade. Enfim, fotografava a noite.

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=brassai&meta=&aq=0&oq=brassa

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Não sei se foram os Transformers, mas...

...Me bateu uma nostalgia de certas coisas dos anos 80/90, da época em que a mtv era divertida e as "rádios rock" tocavam rock. Não tanto nostalgia, mas uma vontade de rir de novo daquilo. Veja bem, eu podia estar pensando em Smiths, Balão Mágico, The Cure, Joy Division (que fez o clipe mais chato que já vi)... Enfim, podia estar matando, roubando... Mas entrei no youtube e digitei "Scatterbrain".

http://www.youtube.com/watch?v=sEr8SYqTc3s

Então apareceu, também, Green Jello (ou Jelly).

http://www.youtube.com/watch?v=Z8uAvMey8iA

Só umas musiquinhas bobas com clipes engraçados. Ah, bons tempos de Beavis and Butt Head.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009



Hoje, Mário Bortolotto, Fábio Brum e participação especial do Robério e Flavio Vajman, no Coletivo Galeria. Depois, o vagabrum vai tocar com "Os Vigaristas" no aniversário da Lu Vitaliano, no New Jazz.



Arte digital de (estou esperando a Lu me dizer quem fez) sobre foto minha.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dormir é para os sóbrios

Aos amigos de copo.



Tirinha do www.vidabesta.com, de um cara chamado Galvão. É um dos meus sites de hq preferido, lia direto na época que trabalhava no uol (quando ainda se chamava diet soup corporation).

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Uma foto que não fiz

Estava andando na rua e vi o enorme mastim cinza claro que fica na porta de uma loja em São Bernardo. Além de chamar a atenção por ser bonito e dever pesar uns oitenta quilos, o bicho tinha uma expressão muito forte. Com o queixo encostado no chão, aquelas enormes olheiras, olhando para mim sem levantar a cabeça, ele parecia, vagamente, com aqueles velhos tristes e fortes que a gente vê de vez em quando. Automaticamente esbocei o gesto de alcançar a camera, mas tinha deixado ela em casa.
O Bresson disse, mais de uma vez, que se deve estar com a máquina sempre. Como sempre, ele estava certo.


Nota rápida: CHUPA, TELEFONICA!!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Fazia um tempo que não dava uma dessas caminhadas noturnas sozinho, voltando p/ casa. O bairro já silencioso, só alguns carros passando na rua paralela (a principal). Absolutamente ninguém na rua, o mp3 rodando um AC/DC. Dá até para parar no meio dela, pegar a camera e fazer, tranqüilamente, uma foto.





O céu é dessa cor, mesmo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A room with a view





"...À medida que fui envelhecendo e acumulando recordações, passei a me sensibilizar mais e mais com o desaparecimento de pessoas e referências urbanas. Para mim, eram especialmente perturbadoras as inexplicáveis demolições de prédios. Eu sentia como se, de alguma forma, eles tivessem alma...
...E eu me pergunto sobre o que resta depois que um prédio é demolido."

Will Eisner

Tenho essa fascinação mórbida por ruínas e prédios antigos. Uma pessoa atenta consegue contar alguma coisa da história deles só de olhar - o que não é meu caso. Mas eu sei uma pequeníssima parte da história por trás de uma das fachadas. Foi lá que toquei em público pela primeira vez (teve uma outra num boteco de beira de estrada, mas essa não conta) com uma banda que montei quando era adolescente. A gente não tinha nem baixista fixo, um amigo nosso, que era um excelente músico, apareceu de última hora para nos socorrer. O público era só um punhado de amigos e a banda que ia entrar depois, algum imbecil desligou o retorno da bateria, mas tocamos mesmo assim. Ficamos putos, bebemos, rimos e estava tudo certo. Triste foi ter que voltar na segunda para levar parte da bateria (incluindo o bumbo), no final da tarde, num ônibus.
Participei de mais algumas festas no casarão e é possível que o grafite que eu fiz no térreo numa daquelas noites ainda esteja lá (na hora que fiz a foto, não lembrei dele e não tentei entrar para ver).
Acho curioso terem deixado as fachadas.

sábado, 13 de junho de 2009





O foda é que, depois de umas coisas que aconteceram, eu pensava que nunca mais rolaria nada desse tipo. Quando se é um cara pessimista, muitas vezes é bom estar errado.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Isto não é um pão

O pão surrealista




A baguete recheada surrealista


sexta-feira, 5 de junho de 2009



Os caras estão tomando whisky na carrocinha de cachorro quente em frente ao puteiro com bonecos pendurados na fachada imitando uma cena medieval – praticamente uma piada do monty python. Falta uma hora para o amanhecer e ainda está escuro e frio pra caralho. Meus lábios estão ressacados por causa do vento, mas só vou descobrir amanhã. Me encolho dentro da jaqueta e aceito mais uma dose, “é claro que eu tô a fim”. A gente conversa, dá umas risadas, lembra umas cenas tragicômicas, ouço uma novidade ou outra. Já estou falando merda, mas só vou descobrir amanhã - “por que que a gente é assim?” Mais um amanhecer cinzento dentro do bar. Lá dentro, se a gente não olhar pela janela, parece ainda um pedaço de noite. O pessoal parece animado, alguém toca violão numa mesa próxima (dessa vez, eu nem me incomodo muito), várias conversas paralelas e perdi o fio da meada nem sei em qual, mas tudo bem. Por pouco não me arrebento na droga da escada, mas tudo bem. Café da manhã na rua e tudo bem. Dormir pra quê?