sábado, 28 de junho de 2008

Nightclubbing we're nightclubbing




Andar pelos puteiros, os olhos vazios e um tanto tristes da jovem prostituta morena dançando – enquanto dança, seus olhos buscam o próprio reflexo no espelho. Não sei para quem ela dança, mas não é para nós. Dizer “nós” soa não totalmente adequado. Nós tomamos a mesma cerveja, olhamos as mesmas garotas e rimos juntos, mas há um sentimento de inadequação, na verdade. No fundo, só experimentação, só ensaio. No fim, só uma solidão imensa.

quinta-feira, 5 de junho de 2008



O céu ainda é vermelho-rosa-alaranjado e azul-escuro, só que a gente esquece de olhar para cima, de vez em quando. Descendo uma rua tão banal, às duas da manhã, e cada luz, cada recorte do velho bairro é uma emoção genuína e forte. Aquele frio tão antigo e que faz nos sentirmos tão vivos. Uma noite pode quase ser muitas noites. Nostalgia, nada – o tempo não existe.