segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cena do crime



Furando todo mundo (não que isso seja notícia, por enquanto)

Juro que só tinha parado lá para fotografar a fachada da casa demolida. Havia passado por ali horas antes e resolvi voltar para fazer a foto.
Quando estava chegando, estranhei a presença de policiais, então já saquei a camera e fui me aproximando numa boa, mas com ares de quem tem todo direito de estar ali. O policial estranhou eu ter chegado praticamente junto com eles e quis saber quem me contou - quem me contou o que? eu que não sabia de nada, só tinha ido ali satisfazer minha obsessão por fotografar ruínas! Como ele foi educado, expliquei a coincidência, mas disse que era fotojornalista, então o cara me contou o que sabia.
As casas daquele pedaço estão sendo demolidas, mas existem algumas paredes e cômodos ainda de pé, propiciando um espaço aconchegante para atividades diversas. O pedreiro que estava trabalhando ali viu duas mulheres saindo de dentro de uma das casas e dizendo que viram o corpo de um homem ali. Aparentemente, elas não estavam muito interessadas em conversar com a polícia e deram no pé, enquanto o infeliz foi lá conferir e chamar a polícia.
Até a hora que eu saí de lá, aperícia não tinha chegado, então não me liberaram para fazer fotos mais interessantes. Uma hora depois de escrever a primeira versão do post, voltei e tinham sobrado dois policiais. Eles disseram que a perícia ia demorar muito e, pela cara de "que bosta, vamos passar a noite toda aqui", pareceu verdade.
O título foi colocado na falta de um melhor, já que a polícia sequer arrisca dizer que foi um crime. Depois de tanto tomar na cabeça por falar demais, os caras estão espertos.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Nunca tinha reparado que o engov é fontoura, assim como o biotônico. Está aí uma marca que sabe fazer produtos p/ todas as idades. Ela vicia as crianças em bebida (antigamente ia álcool no biotônico, bons tempos) e depois cura suas ressacas.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Allan Sieber

Sério, no próximo concurso de foto que participar, vou mandar as que acho mais bunda, que é o que esses caras querem.

domingo, 16 de agosto de 2009



E estão fechando tudo. Agora inventaram que qualquer boteco tem que ter estacionamento e segurança TERCEIRIZADOS, que se for boteco, mesmo, não pode ter música nem telão e que fumar na rua também não pode porque "faz barulho". O fim de semana parecia o rapa na 25 de março, com os fiscais descendo as ruas e fechando tudo. Engraçado que o kassab, sujeito alegre que parece ser, tenha tanta bronca de ver as pessoas se divertindo.
Passei na porta de uma lan house pela madrugada e vi o futuro: as pessoas na penumbra, cada uma dentro de uma baia com um fone, sem barulho, sem rock (ou qualquer outro tipo de música), sem bebida e, pior, pensando que estão na maior "interação" - um dos caras babava dormindo na cadeira. Telemarketing fest! ISO 9001 Party! hahaha
Lembrei de uma história do Hellblazer (que virou "Constantine" depois daquele filme ridículo) chamada "O senhor da dança". Logo, vamos ter que começar a produzir whisky em casa e ouvir música só no mp3 para não incomodar os crentes, que querem que todos durmam depois da novela.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009



"A footstep behind you, he lunges prepared for attack.
Scream for mercy, he laughs as he's watching you bleed,
Killer behind you, his blood lust defies all his needs."

Iron Maiden - Killers

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

solidão?



Morumbi, ontem. Primeira vez que entro num estádio para ver um jogo de futebol e confesso que a coisa não me causou emoção alguma. Obviamente, estava a trabalho e achei divertido fotografar as expressões das pessoas.
Também foi engraçado quando um moleque de uns 14 anos desceu, saltitando (!), a escada que fica ao lado das cadeiras. Foi inevitável pensar, na minha inocente ignorância futebolística, "bambi!". Não tenho nada contra nenhuma torcida em particular, mas esse aí dá má fama para os caras.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009




O tecnoescocês

Em todo lugar tem um desses - fila de banco, metrô, ônibus lotado, ônibus vazio, cinema, bar, teatro, restaurante. Sempre tem algum bosta com algum aparelho que produz som. Antes, era só um ou outro toque irritante de celular na hora errada e todo mundo olhava feio. Hoje não. Não contentes em oferecer inúmeras possibilidades de toques idiotas, os ditos aparelhos, nas mãos dos tecnopaspalhos, viraram uma lata de lixo ambulante.
Para piorar, algum gênio achou que seria divertido colocar um auto falante, o que me dá a certeza da existência do inferno, porque esse cara precisa ir para algum lugar quando morrer. "Mas tem fone", alguém pode dizer, só que um verdadeiro tecnoescocês não usa a bosta do fone. Ele vai andar por aí com o celular ou mp3 (4, 5...) distribuindo calipso e outras bostas (bosta, sim, foda-se!) para todo mundo.
E, entre uma música e outra - ou até durante - ele vai "tirar foto" com a porcaria. Já vi um sujeito fazer uma dúzia de fotos seguidas. Dele, mesmo. Não me espantaria encontrar no computador de uma criatura dessa pastas como "minha obturação", "niver na minha unha encravada", "meu cu ao acordar".
Lembrei de uma tirinha do Allan Sieber mais ou menos assim: o sujeito mostrando um aparelho para mulher "...tem bluetooth, mp3, internet, tv, gps, blablabla" e ela "puxa, imagina tudo isso enfiado no seu cu!"

A propósito, a foto acima foi feita num momento de paz (ufa!).