sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
A maldição do jornalista (e dos fotógrafos, designers e afins)
1 – Não terá vida pessoal, familiar ou sentimental.
2 – Não verá o filho crescer.
3 – Não terá feriado, fins de semana ou outro tipo de folga.
2 – Não verá o filho crescer.
3 – Não terá feriado, fins de semana ou outro tipo de folga.
4 – Terá gastrite, se tiver sorte. Se for como os demais, terá úlceras.
5 – A pressa será o único amigo, e as refeições principais serão sanduíches, pizzas e pães de queijo.
6 – Os cabelos ficarão brancos antes do tempo. Se sobrarem cabelos.
7 – Sua sanidade mental será posta em cheque antes que complete cinco anos de trabalho.
8 – Dormir será considerado período de folga; logo, não dormirá.
9 – Trabalho será o assunto preferido, talvez o único.
10 – As pessoas serão dividias em dois tipos: as que entendem de comunicação e as que não.
11 – A máquina de café será a melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não fará mais efeito.
12 – Happy hours serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
13 – Sonhará com a sua matéria. E não raramente mudará o título dela e algumas palavras enquanto dorme.
14 – Exibirá olheiras como troféu de guerra.
15 – E, o pior, inexplicavelmente, gostará disso tudo.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
É, saiu
(Canção para dormir - Júpiter Maçã)
Depois de um longo e tenebroso inverno, saiu.
Demorou porque quisemos fazer em offset, tornando o preço mais acessível, mas não rolou.
(Na real, deveria ter feito assim desde o começo e pronto.)
Formatos e preços
Cada calendário é impresso no momento em que é pedido e todos vem numerados e assinados para controle (por mim, não pelas garotas, paciência, se quiser a assinatura delas ou do Mário, se vira).
São 13 páginas, sendo doze meses e uma página de apresentação. Cada página tem uma foto de uma modelo diferente e um pequeno texto inédito do Mário.
As opções de impressão são:
A4 em papel couché 150g – R$30,00
A4 em papel couché 230g – R$40,00
A4 em papel fotográfico matte (fosco) – R$40,00
Outros tamanhos também estão disponíveis sob consulta.
Para pedir, entre em contato pelo e-mail lffoto@gmail.com .
Sobre o calendário (para os desavisados)
Há pouco mais de um ano, nosso amigo Mário (Bortolotto) foi baleado numa tentativa de assalto no Espaço Parlapatões. As primeiras vinte e quatro horas foram foda. O pessoal indo em peso a Santa Casa, todo mundo com aquela cara que se faz quando o dique rompe de surpresa, muitos anos antes do esperado.
Há exatamente um ano, o cara ainda estava no hospital, estável, mas ainda inspirando cuidados. Foi quando ele já estava no quarto, eu acho, e todos já respiravam mais aliviados, que eu e a Fabiana (Vajman, né?) falamos, brincando, de fazer uma “folhinha” com umas amigas dele para animar o cara - bom, eu pensei que fosse brincadeira... No dia seguinte, ela me vem com uma lista de meninas que topavam posar e já vendo que dia a gente podia começar os ensaios.
E foi assim, tudo muito rock n’ roll, fazendo com o que a gente tinha na hora, sem conhecer a maioria das locações, sem levar iluminação de estúdio nenhuma, fazendo a produção como desse na telha na hora do ensaio. Todas as modelos, amigas do Mário, posaram só para dar uma força e foram todas, sem exceção, muito gentis e divertidas de fotografar. Aliás, eu e a Fabiana (que também posou) nos divertimos muito, sem dúvida.
Durante o processo, o Mário se recuperou e, perguntado se poderia ceder trechos de textos seus para o calendário, se propôs a escrever um pequeno texto inédito para cada mês, o que foi uma surpresa muito legal para todo mundo.
Então, é isso. O calendário que está aqui a venda é, acima de tudo, um trabalho coletivo. Ele não tem nome – já teve alguns, mas não tem mais. Você pode chamar de “amigas do Marião”, “Bortolotto Girls”, “anime o dramaturgo”, ou como preferir.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
São Paulo Pop Art
Vai ficando mais quente e a cidade, durante o dia, fica cada vez mais desagradável e monótona. Longos e lentos cortejos de carros, aquela mistura de cheiros dentro dos ônibus e vagões, aquela multidão que não tem fim. De noite é diferente. Tudo é mais rápido, mais confortável e, de alguma forma, mais "civilizado". É irônico, mas quanto menos gente, mais civilizado.
*cores não adulteradas no photoshop, a cena é assim, mesmo
*cores não adulteradas no photoshop, a cena é assim, mesmo
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
(vocês sabem que normalmente minhas fotos não tem relação com os textos que coloco aqui, certo?)
Ouvi esse poema num documentário que passou na Cultura sobre o autor, e parte dele ficou na minha cabeça.
there is enough treachery, hatred violence absurdity in the average human being to supply any given army on any given day and the best at murder are those who preach against it and the best at hate are those who preach love and the best at war finally are those who preach peace those who preach god, need god those who preach peace do not have peace those who preach peace do not have love beware the preachers beware the knowers beware those who are always reading books beware those who either detest poverty or are proud of it beware those quick to praise for they need praise in return beware those who are quick to censor they are afraid of what they do not know beware those who seek constant crowds for they are nothing alone beware the average man the average woman beware their love, their love is average seeks average but there is genius in their hatred there is enough genius in their hatred to kill you to kill anybody not wanting solitude not understanding solitude they will attempt to destroy anything that differs from their own not being able to create art they will not understand art they will consider their failure as creators only as a failure of the world not being able to love fully they will believe your love incomplete and then they will hate you and their hatred will be perfect like a shining diamond like a knife like a mountain like a tiger like hemlock their finest art |
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
cachorros
Noite fria, um cachorro deitado meio encolhido em frente a um portão. No portão ao lado, outro cachorro, do lado de dentro. Pareciam tão sós que lembravam até humanos.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
arte do engôdo
É por causa dessa mentalidade de fêfêlétche, que acha bonitinho exibir "instalações" feitas apenas para chocar (é, estou falando do Nuno Ramos) que a bienal está virando cada vez mais um clubinho para estudantes de arte deslumbrados, se distanciando do público de verdade. Não acho que toda arte tenha que ser "popular", mas acho muito fácil jogar qualquer merda num espaço, chamar de instalação e depois pagar alguém para escrever uma explicação que tente justificar aquilo, já que se pode justificar, com palavras, qualquer coisa.
Depois daquele mictório, todo mundo é artista, escritor etc. Sorte dos músicos (daqueles que tocam instrumento, não eletrônicos), já que na música existe a barreira da técnica - já é possível melhorar muito a voz na pós produção, mas ainda não inventaram uma guitarra que se tocasse sozinha, espero.
Depois daquele mictório, todo mundo é artista, escritor etc. Sorte dos músicos (daqueles que tocam instrumento, não eletrônicos), já que na música existe a barreira da técnica - já é possível melhorar muito a voz na pós produção, mas ainda não inventaram uma guitarra que se tocasse sozinha, espero.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
deuses do porre
Daquelas coisas que ocupam minha cabeça às vezes.
Outro dia estive pensando que, muito provavelmente, em alguma mitologia, deveria existir um "deus do porre". Há quem poderia dizer de cara que seria Dionísio. Mas ele é um deus bem mais complexo que isso. Não, pela lógica humana em relação aos mitos, deveria haver um deus específico - e tem.
Já que falei de Dionísio, vou começar por seu pai adotivo, Silenos, que não é exatamente um deus, no sentido olímpico da coisa, mas que teve lá seus adoradores, eles sabendo ou não. É descrito como um velho sátiro barrigudo, meio careca e de ar jovial (o que me lembrou muito uma entidade de um imaginário muito restrito ao qual tenho acesso e não vem ao caso). É um daqueles bêbados que aparecem seguindo Baco em algumas ilustrações.
Ainda seguindo Dionísio, encontrei (por sinal, muitas vezes) Methe, a ninfa dos bêbados, entidade meio obscura da mitologia grega.
Os celtas tem Demetos ou Dyfed, que, além de deus do porre, está ligado a guerra, o que não é de se estranhar...
Parei de pesquisar por aí. Claro que é fácil encontrar outras divindades relacionadas a bebida mas, normalmente, elas estão associadas a outras coisas, também.
E, para quem pensou na ressaca... Parece que a maioria dos povos não se deu ao trabalho de arrumar uma figura para ela. Exceto pelo Pratchett, que, no vasto panteão de seu Discworld, criou o deus Bilious.
Outro dia estive pensando que, muito provavelmente, em alguma mitologia, deveria existir um "deus do porre". Há quem poderia dizer de cara que seria Dionísio. Mas ele é um deus bem mais complexo que isso. Não, pela lógica humana em relação aos mitos, deveria haver um deus específico - e tem.
Já que falei de Dionísio, vou começar por seu pai adotivo, Silenos, que não é exatamente um deus, no sentido olímpico da coisa, mas que teve lá seus adoradores, eles sabendo ou não. É descrito como um velho sátiro barrigudo, meio careca e de ar jovial (o que me lembrou muito uma entidade de um imaginário muito restrito ao qual tenho acesso e não vem ao caso). É um daqueles bêbados que aparecem seguindo Baco em algumas ilustrações.
Ainda seguindo Dionísio, encontrei (por sinal, muitas vezes) Methe, a ninfa dos bêbados, entidade meio obscura da mitologia grega.
Os celtas tem Demetos ou Dyfed, que, além de deus do porre, está ligado a guerra, o que não é de se estranhar...
Parei de pesquisar por aí. Claro que é fácil encontrar outras divindades relacionadas a bebida mas, normalmente, elas estão associadas a outras coisas, também.
E, para quem pensou na ressaca... Parece que a maioria dos povos não se deu ao trabalho de arrumar uma figura para ela. Exceto pelo Pratchett, que, no vasto panteão de seu Discworld, criou o deus Bilious.
domingo, 5 de setembro de 2010
Sim, ando meio relapso com o blog. Paciência.
Dando uma de Angeli (que está com uma entrevista muito legal na Trip), "duas coisas que adoro e uma que odeio":
Fiquei quase emocionado ao acordar e ver que tinha nuvens no céu - nuvens! Não estava aquele calor e aquela secura filhos da puta. Saí de casa e deu para curtir um vento frio e até uma garoinha leve.
Reestreou o excelente "Deixa ela entrar", que já comentei aqui e continua sendo, de longe, o melhor "filme de vampiro" da década - sobretudo para quem odeia anne rice, crepúsculo e esse tipo de merda.
Esses tempos, meio que entendi o que vem a ser happy rock (que eu pensava que fosse "rap", mesmo sem fazer sentido). Notei que todas as bandas não tem mais que duas sílabas no nome, sendo que algumas parecem aquela sopa de letrinhas que sai quando se bate a mão no teclado. Faz sentido: público com 2 neurônios, bandas de duas sílabas. Nem imagino um adolescente-padrão de hoje dizendo Creedence Clearwater Revival.
Dando uma de Angeli (que está com uma entrevista muito legal na Trip), "duas coisas que adoro e uma que odeio":
Fiquei quase emocionado ao acordar e ver que tinha nuvens no céu - nuvens! Não estava aquele calor e aquela secura filhos da puta. Saí de casa e deu para curtir um vento frio e até uma garoinha leve.
Reestreou o excelente "Deixa ela entrar", que já comentei aqui e continua sendo, de longe, o melhor "filme de vampiro" da década - sobretudo para quem odeia anne rice, crepúsculo e esse tipo de merda.
Esses tempos, meio que entendi o que vem a ser happy rock (que eu pensava que fosse "rap", mesmo sem fazer sentido). Notei que todas as bandas não tem mais que duas sílabas no nome, sendo que algumas parecem aquela sopa de letrinhas que sai quando se bate a mão no teclado. Faz sentido: público com 2 neurônios, bandas de duas sílabas. Nem imagino um adolescente-padrão de hoje dizendo Creedence Clearwater Revival.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
terça-feira, 20 de julho de 2010
Guitarrista desaparecido...
... CRIANÇA DOENTE
Era para a piada ter sido postada no dia, mas antes tarde que nunca. No alto, Saco de Ratos e Basa lamentam a falta do guitarrista pródigo Fábio Brum. Acima, também, mas nem tanto.
Era para a piada ter sido postada no dia, mas antes tarde que nunca. No alto, Saco de Ratos e Basa lamentam a falta do guitarrista pródigo Fábio Brum. Acima, também, mas nem tanto.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
algumas
Não ouvi nenhuma vuvuzela - tampouco celular, televisão ou qualquer coisa que precise de tomada para funcionar. Sempre volto achando que aqui tem gente demais. De qualquer forma, antes gente demais aqui do que lá.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Sacanagem
E o Paulo Stocker teve alguns de seus quadros roubados após participar de uma exposição. Não vou entrar em detalhes sobre as circunstâncias, mas a coisa toda me pareceu muito estranha, para ser brando. Só sei que deve ser muito foda ter seus trabalhos roubados.
Enfim, seguem alguns dos quadros. Se alguém souber de alguma coisa, ligue para o cara no 11 2369 0829 .
Enfim, seguem alguns dos quadros. Se alguém souber de alguma coisa, ligue para o cara no 11 2369 0829 .
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Dicas
Esse blog anda meio anacrônico, mas seguem algumas dicas.
Primeiro, os amigos lançando livros.
Primeiro, os amigos lançando livros.
Meninos de Kichute, do Márcio Américo, que é autor do texto mais legal que já vi sendo (recitado, declamado, sei lá) num bar no meio de um blues. Pode ser encontrado em bancas de jornal e algumas livrarias.
E o Peso Pena, coletânea de poetas contemporâneos. Infelizmente, por enquanto só pode ser pedida pelo email vanderleymeister@gmail.com . Parece que logo estará nas livrarias e eu aviso aqui.
Últimos dias
Depois de muito passar pela frente, entrei na exposição da Maureen Bisilliat. Só posso dizer que as fotos são foda e fazem um belo diálogo com a literatura. Ela manda muitíssimo bem. Para quem quiser ver uma exposição de fotos de qualidade e "conteúdo", acredito que seja uma das melhores opções na cidade.
Serviço - Maureen Bisilliat. Galeria de Arte do Sesi. Av. Paulista, 1.313. Tel. 3146-7405. 10h/20h (2ª, 11h/20h; dom., 10h/19h). Até 4/7. Grátis
segunda-feira, 28 de junho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Saramago
Há mais ou menos uma semana, Saramago recebeu aquela carta roxa. Para mim, um dos melhores - ou o melhor - escritor em língua portuguesa da atualidade.
Muita gente legal tem ido embora esse ano e, o que é pior, não está aparecendo ninguém para substituir. O futuro parece cada vez mais sombrio, ou, no caso, verde neon com estrelinhas pink.
Muita gente legal tem ido embora esse ano e, o que é pior, não está aparecendo ninguém para substituir. O futuro parece cada vez mais sombrio, ou, no caso, verde neon com estrelinhas pink.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Hoje...
Seria um bom dia para estar aqui.
A dezenas de quilômetros desse espetáculo melancólico de gente jeca querendo desesperadamente ser feliz, sem cornetas, fogos de artifício e bandeirinhas.
A dezenas de quilômetros desse espetáculo melancólico de gente jeca querendo desesperadamente ser feliz, sem cornetas, fogos de artifício e bandeirinhas.
terça-feira, 8 de junho de 2010
primeiras experiências com lightpaint
Nem tão primeiras assim, na verdade, e já até um pouco "antiguinhas". Nada disso foi montado - além do mais, seria uma montagem bem tosca.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Entre clics
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Virada
Podem falar o que for, mas ainda gosto da virada cultural. Ouço muita gente reclamando da multidão, de pessoas "feias" e mal-educadas, de atrações sem graça... Mas é uma questão de perspectiva ou, ainda, do tipo de coisa que você escolhe assistir.
Os únicos shows que assisti foram o Grandmothers of Invention (antiga Mothers of Invention, lendária banda do Zappa), e a Sinfônica Municipal tocando Carmina Burana. Os velhos fizeram um puta show, o som estava bom e as pessoas, até onde eu vi, estavam ali numa boa. Se via até crianças dançando ou no ombro dos pais zappeiros.
Nós tropeçamos na Carmina Burana quando estávamos entrando na Pinacoteca. Sentamos no café e conseguimos ouvir a ópera inteira confortavelmente, de dentro do parque da Luz, onde, mais tarde, aconteceu uma performance. Foi legal ver as pessoas andando tranquilamente por um lugar que a maioria teria medo de passar à noite. Quem é "da noite", como eu, às vezes esquece que a maioria das pessoas não é e, só de andar pelo centro de madrugada, elas já ficam felizes.
Claro que tinha gente escrota e mal-educada. Fui obrigado a passar no meio de um lugar que, para mim, foi como atravessar uma dimensão alternativa - burrice nossa não ter pensado em outro caminho. Mesmo assim, a turba que estava lá não era diferente da que vemos todos os dias pela cidade e que realmente dá no saco, incomoda, suja. De qualquer maneira, é possível se divertir na virada se olharmos para a cabeça, e não para a cloaca.
Não acreditei quando vi, no meio do show, a inconfundível placa do Simplão de Tudo por cima da cabeça das pessoas. Melhor ainda foi ver que quem a segurava era a Cris "Doidona", a própria. Puta pessoa legal de encontrar.
Os únicos shows que assisti foram o Grandmothers of Invention (antiga Mothers of Invention, lendária banda do Zappa), e a Sinfônica Municipal tocando Carmina Burana. Os velhos fizeram um puta show, o som estava bom e as pessoas, até onde eu vi, estavam ali numa boa. Se via até crianças dançando ou no ombro dos pais zappeiros.
Nós tropeçamos na Carmina Burana quando estávamos entrando na Pinacoteca. Sentamos no café e conseguimos ouvir a ópera inteira confortavelmente, de dentro do parque da Luz, onde, mais tarde, aconteceu uma performance. Foi legal ver as pessoas andando tranquilamente por um lugar que a maioria teria medo de passar à noite. Quem é "da noite", como eu, às vezes esquece que a maioria das pessoas não é e, só de andar pelo centro de madrugada, elas já ficam felizes.
Claro que tinha gente escrota e mal-educada. Fui obrigado a passar no meio de um lugar que, para mim, foi como atravessar uma dimensão alternativa - burrice nossa não ter pensado em outro caminho. Mesmo assim, a turba que estava lá não era diferente da que vemos todos os dias pela cidade e que realmente dá no saco, incomoda, suja. De qualquer maneira, é possível se divertir na virada se olharmos para a cabeça, e não para a cloaca.
Não acreditei quando vi, no meio do show, a inconfundível placa do Simplão de Tudo por cima da cabeça das pessoas. Melhor ainda foi ver que quem a segurava era a Cris "Doidona", a própria. Puta pessoa legal de encontrar.
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