sexta-feira, 5 de junho de 2009



Os caras estão tomando whisky na carrocinha de cachorro quente em frente ao puteiro com bonecos pendurados na fachada imitando uma cena medieval – praticamente uma piada do monty python. Falta uma hora para o amanhecer e ainda está escuro e frio pra caralho. Meus lábios estão ressacados por causa do vento, mas só vou descobrir amanhã. Me encolho dentro da jaqueta e aceito mais uma dose, “é claro que eu tô a fim”. A gente conversa, dá umas risadas, lembra umas cenas tragicômicas, ouço uma novidade ou outra. Já estou falando merda, mas só vou descobrir amanhã - “por que que a gente é assim?” Mais um amanhecer cinzento dentro do bar. Lá dentro, se a gente não olhar pela janela, parece ainda um pedaço de noite. O pessoal parece animado, alguém toca violão numa mesa próxima (dessa vez, eu nem me incomodo muito), várias conversas paralelas e perdi o fio da meada nem sei em qual, mas tudo bem. Por pouco não me arrebento na droga da escada, mas tudo bem. Café da manhã na rua e tudo bem. Dormir pra quê?

Um comentário:

Pierre Masato disse...

Caro Ogro,
Essa moça existe? Pensei que era contratada ou um devaneio da minha imaginação apaixonada pelos anos 50
Forte Abraço