Outro canal

Sei que o tema do qual vou tratar agora não estava nos planos originais do boteco mas, já que estou de único autor "ativo" disso aqui, vou falar sobre o que bem entender. De qualquer forma, não lembro de nenhum assunto que tenha sido proibido em boteco um dia.

Bom, o fato é que outro dia fui convidado para fazer algumas fotos pela ONG "Um teto para meu país" (http://www.umtetoparameupais.org.br). Basicamente, se trata de um movimento que visa dar um teto e, de quebra, um apoio para que as pessoas tenham uma vida mais digna.
Nunca tinha entrado numa favela antes, mas, sem pensar muito, fui me enfiando lá dentro com a maior naturalidade do mundo, sempre seguindo as camisetas azuis dos voluntários. Confesso que nada me deixou surpreso, mas ver ao vivo é sempre diferente. É incrível e ao mesmo tempo um pouco melancólico ver como a vida simplesmente se adapta a qualquer coisa. Ainda assim, há beleza, sempre.
Pensei numa série de coisas para dizer a respeito do sábado que passei perdido pelas ruelas de terra, subindo e descendo trilha, naquela favela em Osasco, mas tenho a seguinte relação com as palavras: quanto mais penso, menos escrevo.
A camera tem, entre outras, a qualidade de aproximar caras tímidos das pessoas. Não tenho certeza se teria a mesma desenvultura de entrar na casa do pessoal da maneira que fiz sem ela.
Enfim, seguem algumas fotos.

Várias coisas

Tenho sido meio relapso com o blog por motivos técnicos, mas tem uma série de coisas que gostaria de postar e vou tentar fazer isso por partes.

Em relação ao Boteco na galeria da Lu, posso dizer que nos divertimos muito e que a exposição deve rolar por um tempo ainda (não sei quanto, mas informo quando souber), bem como as jams de domingo, é claro.

Obrigado a todos que ajudaram e apareceram.

É domingo

Então o boteco fotográfico vai se transformar, temporariamente, num boteco de verdade, com direito a balcão, amigos, música e cachaça.

E segue o texto que o amigo Pierre escreveu para exposição e que achei legal pra caralho.

"Quando você acorda no meio da noite, centenas de pessoas estão nas ruas, bebendo algum destilado suspeito, fumando cigarros nas calçadas esburacadas. Meninas rock’n’roll retocam a maquiagem, desfilam suas tatoos, balançam os cabelos durante um solo blues.

As construções na maior cidade da América do Sul assistem a tudo, zelam pelo passado ou desmoronam em ruínas.

Quando você acorda no meio da noite, o caçador solitário está capturando esses momentos. Ouvindo um solo de Angus Young na cabeça, enquanto dispara contra um prédio antigo do centro de São Paulo. Ajustando nossa retina pra beleza de pequenas coisas na rotina do lar. Revelando mulheres de sonho na realidade de algum show de rock.

Quando você acordar no meio da noite, pense que alguém está guardando pra você uma imagem com gosto de Domecq, enfumaçando seus olhos pra ver melhor aquela mina na mesa do canto, acompanhando um bando de malucos se divertindo ao som do verdadeiro rock’n’roll.

Você não precisa acordar no meio da noite pra ver o que o Luiz F. Ogro reservou pra você. Beba alguma coisa e aproveite."

Valeu, velho!

A exposição abre domingo lá pelas 17h, na Coletivo Galeria (rua dos Pinheiros, 493) junto com a tradicional jam blues e rock com churrasco.

Exposição a caminho

Ando meio relapso com esse blog, então vou colocar duas fotos para deixar todo mundo feliz. Ou não.

Flávio, o ladrão de clientes das garotas de família, sempre surpreendendo com novas formas de fazer um humor de péssimo gosto.