sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010


Saudades das noites frias, de sair por aí sem rumo.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


Entrei na lan e um cachorrinho preto, simpático, de raça indefinida, me seguiu da porta até a baia e ficou deitado, quieto, do meu lado. Tão raro encontrar gente educada num lugar desses.

(Sim, sou contra fazer fotos de pessoas em situação "degradante" apenas por fazer, só porque é fácil. Mas não acho que isso possa ser dito dessa cena. É uma situação ruim, sem dúvida, mas o "clima" não me pareceu degradante em nada.)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

stress pós ensaio

Cuidado ao convidar a Srta. Vajman para jantar em casa.




Ela fica tão amiga dos seus gatos que até os ajuda a destruir os móveis.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

calor


Hoje, no meu sonho, tinha uma hora em que andava na rua usando uma blusa. Que saudades tenho de precisar usar uma.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

     É engraçado como desenvolvemos uma espécie de "amizade" unilateral com artistas que a gente admira (eu tenho uma pequena galeria de “amigos imaginários que existem”). Não vou ficar citando nomes, mas acontece que ontem descobri que um deles tem uma forma rara e agressiva de alzheimer. É claro que quando falo “amigo” sei perfeitamente a diferença entre uma coisa e outra, mas, de alguma forma, os livros desse cara viraram meus amigos e fiquei realmente triste com a notícia.
     O mais triste, talvez, é um sujeito tão inteligente quanto aquele ter justamente uma doença que destrói sua capacidade de pensar. Confesso que, egoisticamente, pensei num monte de escritores para os quais um cérebro não faria a menor falta. Pense num cara que, literalmente, inventou um mundo fantástico, recheado de humor da melhor qualidade; que tem mais de vinte livros publicados; que sabe usar as palavras com tamanha sutileza que é comum você perder alguma piada ou referência no menor descuido. Pense num cara que tinha uma “meta” de páginas por dia. Diz o Neil Gaiman que Prachett, certa vez, ao terminar um livro e faltar ainda vinte páginas da sua produção diária, simplesmente começou outro. Há uns dez anos seus livros têm sido uma ótima companhia em casa, no trânsito e nas conversas de boteco. Ainda hoje é comum, quando não sei que livro vou levar para a rua, que eu cate, instintivamente, o pocket surrado de Good Omens e coloque no bolso.
     Agora, esse cara está usando sua perspicácia (que sabe estar com os dias contados) para defender, na Inglaterra, o direito ao suicídio assistido. Não vou entrar na discussão (boba) sobre os direitos que cada um pensa ter ou tem sobre a própria vida. Isso é crença e na fé dos outros eu não meto a mão. Mas acho muito triste pensar na mente de Terry Pratchett sendo comida aos poucos por uma bosta de uma doença sem que ele possa, pelo menos, abreviar isso.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Retalhos

Finalmente consegui ler o "Retalhos", de um tal Craig Thompson. Quando folheei o livro (é uma HQ, mas é um livro) pela primeira vez, já fiquei interessado, mas estava sem grana. Hoje, também estava sem grana, mas tinha muito tempo, então aproveitei a chuva para ler de graça na Cultura.
Pode me chamar de chato, mas não ando com saco para quadrinistas que não sabem desenhar e escritores que não sabem escrever. Agora, por exemplo, tem essa moda de quadrinhos com legendas - há quem chame de estilo mas, para mim, significa pura incapacidade de se expressar visualmente, salvo raras exceções.
"Retalhos" é justamente o contrário disso. A história (autobiográfica) é contada de forma delicada sem ser piegas e o texto se encaixa perfeitamente com o desenho.
Numa época de quadros horrendos e bobagens conceituais, passar um tempo lendo aquele quadrinho me fez muito bem.